Governador de Cabo Delgado exige responsabilização dos autores na destruição da ponte sobre o Rio Mwela
Trata-se da empresa chinesa de exploração madeira, Mongo Lda, que cujo seu camião, carregado de dois contentores cheios de madeira com peso não especificado
, derrubou a referida ponte, na sua total extensão tendo ficado preso na mesma, interrompendo por completo a circulação na estrada EN380 (Macomia/Awasse), que liga o norte e o resto da província.
A tragédia aconteceu na noite da segunda-feira (31/12) e, na sequência, Júlio Parruque abandonou a festa do primeiro de Janeiro de 2019, deslocando-se ao local, para "in loco" inteirar-se da situação.
Visivelmente aborrecido com o sucedido, Parruque disse que tal aconteceu porque a empresa desrespeitou as regras de trânsito, fazendo circular sobre a ponte, ora destruída, camiões com excesso de carga.
"O governo autoriza a exploração de recursos e promove investimento público-privado, mas nós não queremos que haja anarquia no meio disto, porque esta estrada (Macomia/Awasse) está devidamente sinalizada", sentenciou.
O governante deixou claro que o seu Executivo vai fazer a reposição daquela infraestrutura rodoviária de vital importância sócio-económica, o mais rápido possível, porém, a Mongo Lda. deverá comparticipar. A decisão foi imediatamente acolhida pelo Yun Tou Li, representante daquela madeireira, que assumiu-se culpada pelo incidente e, por isso, pediu publicamente desculpas.
Segundo Júlio Parruque, dentro de dias será mobilizada para o local uma estrutura metálica que vai assegurar o desvio, adquirida através do INGC, como solução provisória, enquanto se procura a definitiva.
Aliás, anunciou que, à semelhança das pontes sobre os rios Messalo e Mapwede, a sobre Mwela, curso de água que separa os distritos de Muidumbe e Mocimboa da Praia, está na lista das pontes a serem construídas naquele troço, com fundos do Estado e de parceiros.
Para flexibilizar os trabalhos da reposição da circulação de pessoas e bens na EN 380, uma das vias economicamente estratégica, está no terreno uma equipa da ANE para monitorar o processo perrmanente.
Enquanto a situação se mantiver, para ir aos distritos de Mueda, Nangade, Mocimboa da Praia e Palma, recorre-se as estradas alternativas Xitaxi/Namacande ou Chitunda/Ntchinga, vias não aconselháveis para viaturas de grande tonelagem.