Excedentes agrícolas devem ser reorientados para zonas deficitárias
O Governador da Província, Valige Tauabo, orientou dia (15/09/2020), as autoridades da Indústria e Comércio e todos os intervenientes no processo de comercialização.
Para reorientar os excedentes agrícolas às regiões deficitárias por forma a criar reservas alimentares estratégicas como forma de garantir segurança alimentar e nutricional em toda a Província.
Valige Tauabo, deixou a orientação hoje na Vila de Chiúre, quando discursava na abertura do segundo fórum de monitoria da campanha de comercialização agrícola, uma reunião que serviu para fazer balanço intermédio do processo.
Na reunião de balanço intermédio da campanha de comercialização foram apresentados informações sobre o decurso de comercialização de excedentes agrícolas, preparação da campanha de comercialização da castanha de cajú, informação sobre o decurso da campanha de comercialização do algodão que encerra em finais de Setembro em curso e ainda a actual situação da empresa PLEXUS no que tangue a comercialização do algodão e dos futuros projectos da empresa.
O dirigente na visita que realizou a uma moageira na vila de Chiúre constatou que, não estão a ser seguidos as normas de armazenamento dos excedentes, condição indispensável para garantir a qualidade dos produtos em toda a cadeia de valores.
Este facto, fez com que o Chefe do Executivo de Cabo Delgado orientasse aos Serviços Distritais das Actividades Económicas para monitorar as condições do armazenamento dos cereais.
Apesar disso, no computo geral, a campanha de comercialização está a decorrer sem sobressaltos, até ao momento, Cabo Delgado conseguiu comercializar um total de 37.8 mil toneladas de diversos cereais, esta cifra corresponde a 59 por cento da meta prevista.
Os Distritos que contribuem com maior peso são: Balama, Namuno, Chiúre e Montepuez.
A informação sobre os preparativos da campanha de comercialização da castanha de cajú dá conta que, nesta safra serão comercializadas 34 mil toneladas e os Distritos potenciais são, Nangade, Mueda e Chiúre. Ao todo a Província possui 47 mil familias envolvidas na produção da castanha de cajú.
A PLEXUS empresa fomentadora da cultura de algodão que está a observar crise devido aos efeitos do ciclone kenneth, nesta safra de comercialização do algodão caroço que previa comprar 12 mil toneladas corre o risco de não atingir a meta devido a baixa colheita.
Até ao momento a empresa apenas conseguiu comprar oito mil toneladas e, devido a baixa colheita aliado ao escasso tempo que separa para o fim da safra aventa-se a hipótese de não se atingir a meta prevista.
Porque a PLEXUS vai inaugurar nos próximos meses uma fábrica de óleo alimentar, prevê introduzir e fomentar a produção da cultura de girassol e soja, sem no entanto descurar a cultura tradicional tradicional (o algodão).
No geral a informação apresentada pela Delegação Provincial do Instituto do Algodão indica que, até ao momento foram comercializadas 5.200 toneladas, o que resultou na arrecadação de 132 milhões e 475 mil meticais pelas famílias envolvidas no processo.
A campanha de comercialização do chamado ouro branco que termina em finais de Setembro em curso apenas tem por comercializar 1.374 toneladas.