Cabo Delgado adianta-se na luta contra casamentos prematuros

num período de cinco anos, a partir de 2019. A Primeira Dama da República de Moçambique, que orientou a cerimónia de abertura do encontro, louvou e encorajou ao executivo de Cabo Delgado, tendo dito que ao nível do país a província está a ser pioneira neste tipo de iniciativas. Isaura Nyusi afirmou que casamentos prematuros é um mal que deve ser combatido sem contemplações por todos os cidadãos, porque além de prejudicar a rapariga violam os direitos humanos. No país, Cabo Delgado, de acordo com a esposa do Presidente da República, ocupa o segundo lugar, depois de Nampula, na lista de províncias com altas taxa de casamentos prematuros, situando-se na ordem de 61%, por isso, acrescentou, é uma situação que requer uma intervenção coordenada dos vários sectores da sociedade em geral na luta contra este mal. A representante do FNUAP (Fundo das Nações Unidas para a População), em Moçambique, Andreia Wojner, diz que além de problemas obstétricos, as complicações da gravidez e do parto estão entre as principais causas de morte entre adolescentes de 15 a 19 anos de idade. Júlio Parruque, Governador de Cabo Delgado, por seu turno, disse que uma vez lançado o Projecto Local sobre a Prevenção e o Combate aos Casamentos Prematuros, o passo seguinte é trabalhar por forma a que a sua implementação seja efectiva, visando alcançar resultados satisfatórios. Sob o lema "engajemo-nos na observância dos direitos da criança protegendo-a dos casamentos prematutos, o Seminário Provincial sobre Casamentos Prematuros, de um dia, reuniu na mesma tenda vários segmentos da sociedade e veio como réplica do Nacional que, por sinal, teve lugar na Cidade de Pemba, em Fevereiro do ano passado.